A Secretaria de Estado de Saúde realizou nesta sexta-feira (29), a segunda reunião do Grupo de Gerenciamento de Crise, constituído por representantes da SES, da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI/MS), Secretaria Municipal de Ensino e de Saúde de Dourados e Ministério Público Federal, Secretaria Estadual de Educação (SED), Fiocruz Mato Grosso do Sul e lideranças da Aldeia Bororó e Jaguapirú para promover ações mitigatórias para controlar o surto de contaminação pelo Coronavírus em escola indígena de Dourados.
Durante o encontro entre a SES e as demais instituições, ficou acordado ações emergenciais como a sanitização das oito escolas indígenas e a permanência da suspensão das aulas, além do reforço de equipes para realizar o rastreio de casos a partir de casos confirmados para a Covid-19 e a intensificação da vacinação de indígenas que ainda não tomaram as doses de vacinas contra o Coronavírus.
Condutor da reunião, o assessor militar na SES, coronel Marcello Frahia, destacou às equipes da saúde indígena para que façam o monitoramento e reitere junto às lideranças indígenas, a questão quanto ao isolamento e o distanciamento físico, diante do surto estabelecido no local. “É de fundamental importância que se faça esse tipo de acompanhamento e que nos mantenham sempre informados quanto a eventuais surgimentos de novos casos”.
Diante da situação, a SES encaminhou 1 mil testes de antígenos para a realização de testagens de contatos (sintomáticos e assintomáticos, para auxiliar na identificação de novos casos e também no monitoramento dos indicadores epidemiológicos da população indígena.
A coordenadora do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs), Karine Ferreira Barbosa, lembra que o lançamento da notificação compulsória de casos deve ser realizado no máximo em 24 horas, conforme determina a nota técnica Nota Técnica Covid-19 – versão 23, datada de 07 de outubro de 2021.
“Conforme a portaria 1.061, de 18 de maio de 2020, situações de eventos de saúde pública são de notificação imediata e que a SES possui plantão 24 horas, através do CIEVS e que toda situação de surto deve ser notificada imediatamente para auxiliar na tomada de decisão em relação as ações de devem ser tomadas para a contenção destes surtos”, destaca Karine.
A gerente Técnica de Influenza e Doenças Respiratórias, Livia de Mello Almeida Maziero, ressalta que o rastreio de casos é de fundamental importância. “O rastreio e devido ao isolamento dos casos e contatos quanto feitos de forma célere interrompe o aumento da cadeia de transmissão”.
Embora, a responsabilidade sobre a saúde indígena seja exclusiva da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) e do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI/MS), a Secretaria de Estado de Saúde se mantém atenta quanto a evolução da doença por meio da Diretoria de Vigilância em Saúde, Cievs Estadual e a Gerência Técnica de Influenza e Doenças Respiratórias do Estado.
Rodson Lima, SES