VACINÔMETRO

Atualizado em 03-12-2022 10:42

DOSES APLICADAS

5.980.579

PRIMEIRA DOSE

2.262.254

SEGUNDA DOSE

1.974.483

DOSE ÚNICA

257.964

Percentual da população do MS com esquema vacinal completo.

79.46%

SARS-COV-2: acompanhe as mutações genéticas do vírus

  • Variantes do vírus
    • O que são as novas variantes do SARS-COV2?

      O surgimento de mutações é um processo natural e esperado durante o ciclo evolutivo de qualquer vírus. Uma mutação ou o conjunto de mutaçãoes podem gerar novas variantes desses vírus, diferentes das que já estão em circulação. Como esperado, múltiplas variantes do SARS-CoV-2  já foram documentadas globalmente durante esta pandemia.

    • O que faz uma variante ser mais agressiva que outras?

      Existem algumas variantes que são chamadas de variantes de atenção/preocupação, do inglês “variants of concern”. Essas variantes possuem algumas mutações que podem estar associadas à maior transmissibilidade ou maior gravidade. Estudos estão sendo realizados para avaliar essas associações.

      Até o momento, existem 03 variantes de atenção/preocupação sob vigilância dos países:

      • VOC B.1.1.7, VOC202012/01 ou 201/501Y.V1, do Reino Unido: identificada em amostras de 20 de setembro de 2020, já foi notificada por 118 países.
      • VOC B.1.351 ou VOC202012/02 ou 20H/501Y.V2, da África do Sul: identificada em amostras do começo de agosto de 2020, já foi notificada por 64 países.
      • VOC B.1.1.28.1 ou P.1 ou 20J/501Y.V3, do Brasil/Japão: identificada em amostras de dezembro de 2020, já foi notificada por 38 países.
    • Quais as variantes de atenção/precupação já foram identificadas no Brasil, até o momento?

      Até a Semana Epidemiológica 11 que vai até 20/03/2021 já foram documentados casos da variante de atenção/preocupação do Reino Unido (B1.1.7) em 08 estados Brasileiros e casos da variante de atenção/ preocupação do Amazonas (P.1) em pelo menos 23 estados no Brasil.

    • A variante que vem causando infecções mais agressivas na África do Sul já está circulando no Brasil?

      Até o momento não há registro da VOC B.1.351 ou VOC202012/02 ou 20H/501Y.V2 da África do Sul no Brasil.

    • Essas variantes são responsáveis pelo aumento de casos e internações no país?

      Ainda estão sendo feitos estudos, mas acreditamos que, além do aumento da circulação de pessoas no período de festas e do relaxamento da população na adoção de medidas não farmacológicas, estas variantes de atenção (VOC) são consideradas preocupantes devido às mutações que podem conduzir ao aumento da transmissibilidade e ao agravamento da situação epidemiológica nas áreas onde forem identificadas (ECDC, 2021). Desta forma, a vigilância de síndromes respiratórias, com especial atenção para a vigilância genômica, é importante para a saúde pública no enfrentamento da covid-19.

    • Como é feita a identificação dessas variantes?

      Por meio de um exame chamado sequenciamento genético.

      Existe um fluxo de envio para os laboratórios de referência (Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz/RJ, Instituto Evandro Chagas – IEC/PA e Instituto Adolfo Lutz – IAL/SP), de um quantitativo de amostras confirmadas para a covid-19, por RT-qPCR, que são enviadas para sequenciamento genômico e outras análises complementares, se forem consideradas necessárias.

      Além disso, o Ministério da Saúde vem ampliando a realização de sequenciamento genômico nos Laboratórios Centrais de Saúde Pública dos Estados (LACEN), a Rede Nacional de Sequenciamento Genético, para intensificar a investigação de mutações e diferentes linhagens do SARS-CoV-2 em circulação no Brasil. 

      Para investigação da nova variante são analisadas amostras de casos suspeitos de reinfecção, casos graves ou óbitos, pacientes que residem em área de fronteira, suspeitas de falhas vacinais, além de casos que estiveram em locais com circulação de nova variante e seus contatos.

    • Todos os casos suspeitos de Covid-19 devem ter sequenciamento genético?

      Importante salientar que o sequenciamento genético não é um teste para confirmação da doença. Não é necessário que todas as amostras positivas para Covid-19 por Rt-PCR sejam encaminhadas para sequenciamento, somente uma amostragem. Isso é para a vigilância ter conhecimento se existe a circulação de uma variante diferente. Isso tem sido feito desde o início da pandemia com base no sequenciamento feito com a linhagem que surgiu na China. O alerta dessa nova variante à população é relevante para que não deixem de lado as medidas não farmacológicas de enfrentamento à doença: lavar as mãos com água e sabão, usar máscara, usar álcool em gel e manter o distanciamento social.

    • Quando haverá atualização dos casos de variantes que estão sendo acompanhados pelo Ministério da Saúde?

      Casos confirmados por novas variantes e sua identificação estão nos Boletins Epidemiológicos da covid-19 que são publicados semanalmente. Disponível em Boletins epidemiológicos.

    • As variantes encontradas no Brasil podem afetar a eficácia das vacinas?

      Até o momento a eficácia das vacinas relacionadas as novas variantes de atenção/preocupação é incerto. O Ministério da Saúde vem acompanhando os estudos que estão sendo realizados para responder a este questionamento.

    • O que o Ministério da Saúde define como caso de reinfecção?

      Um caso de reinfecção é definido como:  Indivíduo com dois resultados positivos de RT-PCR em tempo real para o vírus SARS-CoV-2, com intervalo igual ou superior a 90 dias, e entre os dois episódios da infecção respiratória, independente da condição clínica observada no indivíduo nos dois episódios.

      As duas amostras biológicas devem ser encaminhadas para os Laboratório de Vírus Respiratórios de Referência, para as análises e realização do sequenciamento genômico, e assim a comprovação de que se trata de infecções pelo vírus SARS-CoV-2.

      Caso não haja a disponibilidade das duas amostras biológicas, com a conservação adequada, a investigação laboratorial não pode ser complementada, inviabilizando a análise do caso.

      Todas as orientações com relação aos casos suspeitos de reinfecção por covid-19, estão disponíveis por meio da Nota Técnica Nº 52/2020- CGPNI/DEIDT/SVS/MS.

    • Como é feito o monitoramento dos casos de reinfecção?

      Sempre que ocorre a suspeita ou confirmação de novos casos de reinfecção, o Ministério da Saúde é notificado conforme rotina estabelecida com as Secretarias Estaduais de Saúde.

      As informações são consolidadas e disponibilizadas nos boletins epidemiológicos semanais da Doença pelo Coronavírus (covid-19).

      O monitoramento das reinfecções é importante para avaliar a magnitude da infecção pelo SARS-CoV-2, em que os dados clínicos e epidemiológicos sobre esta condição evoluem diariamente.

    • O Ministério da Saúde está em contato com os produtores Fiocruz e Butantan para saber se há estudos sendo realizados que apontem se as vacinas aprovadas no Brasil são eficazes também contra as variantes do Reino Unido e de Manaus que já estão circulando no País?

      A SVS tem interesse nas pesquisas relacionadas as variantes e a eficácia das vacinas. O PNI tem acompanhado os estudos que os produtores vêm desenvolvendo, já que cabe a eles dar respostas quanto à eficácia das vacinas produzidas. Temos conhecimento que o Butantan e Fiocruz já iniciaram estudos pré-clínicos. No entanto, até o momento, não há uma resposta fechada para essa questão. Ademais a SVS está realizando uma avaliação da efetividade das vacinas com cruzamento de bases de dados secundários.

Fonte: Ministério da Saúde

Utilizamos cookies para permitir uma melhor experiência em nosso website e para nos ajudar a compreender quais informações são mais úteis e relevantes para você. Por isso é importante que você concorde com a política de uso de cookies deste site.