A Secretaria de Estado de Saúde publicou nesta sexta-feira (18.6) resolução autorizando os municípios a vacinarem contra COVID-19 adolescentes a partir dos 12 anos de idade, com comorbidades graves utilizando as doses da vacina da Pfizer.
O secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, explica que a inclusão de adolescentes acima de 12 anos com comorbidades é devido a nova cepa do coronavirus que tem apresentada alta transmissibilidade entre adolescentes. “As comorbidades deixam as crianças mais expostas ao risco. Nosso objetivo é proteger a população contra a COVID-19. Continuamos no enfretamento contra a doença”, disse.
A decisão veio após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a indicação da vacina Comirnaty, da Pfizer, para crianças com 12 anos de idade ou mais, incluindo na bula da vacina a nova faixa etária. A ampliação foi aprovada após a apresentação de estudos desenvolvidos pelo laboratório que indicaram a segurança e eficácia da vacina para este grupo. Os estudos foram desenvolvidos fora do Brasil e avaliados pela Anvisa.
Desde 29 de abril, a Secretaria de Estado de Saúde autorizou os municípios a vacinar por faixa etária utilizando 70% das doses recebidas, em ordem decrescente de idade, iniciando os de 59 a 55 anos, 54 a 50 anos, e assim sucessivamente, até o limite de 18 anos de idade. Os municípios devem reservar 30% das doses para os públicos prioritários do Plano Nacional de Imunização (PNI).
Com a resolução Nº 114/CIB/SES publicado nesta sexta-feira (18.6), os municípios estão autorizados a utilizarem as doses dentro desses 70% para vacinarem os adolescentes acima de 12 anos com as seguintes comorbidades: Diabetes mellitus; Pneumopatias crônicas graves; hipertensão arterial resistente; hipertensão arterial estágio 3; hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade; insuficiência cardíaca; cor-pulmonale e hipertensão pulmonar; cardiopatia hipertensiva; síndromes coronarianas; valvopatias; miocardiopatias e pericardiopatias; doenças da Aorta; dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas; arritmias cardíacas; cardiopatias congênita no adulto; próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados; doenças neurológicas crônicas; doença renal crônica; imunocomprometidos; hemoglobinopatias graves; obesidade mórbida; síndrome de down e cirrose hepática.
Mato Grosso do Sul vacinou até o momento 1.412.644 pessoas, sendo 1.021.982 com a primeira dose e 390.662 com a segunda dose. De acordo levantamento nacional, Mato Grosso do Sul está entre os estados brasileiros com melhor desempenho na vacinação. Aqui, 36,38% da população adulta receberam a 1ª dose do imunizante e 13.91% foram imunizados com a segunda dose.
Airton Raes, SES
Foto: Saul Schramm