Campo Grande (MS) – Os indígenas de Amambai receberão atendimento estratégico para o combate ao coronavírus. Do mesmo modo que nas aldeias de Dourados, a comunidade amambaiense terá um plano de ação específico e de acordo com a realidade local, iniciando a partir desta quinta-feira (14.05).
A iniciativa foi elaborada pela Secretaria de Estado de Saúde em conjunto com o Distrito Sanitário Especial Indígena do Mato Grosso do Sul, com a implementação das chamadas unidades de vigilância sentinela.
Para a chefe da Atenção Primária do DSEI MS, Eliete Domingues Magione,a medida é urgente e necessária, considerando que o município possui a segunda maior população do estado, com 14.507 indígenas. “Diante de suas características demográficas, culturais e epidemiológicas, Amambai foi
escolhida para o monitoramento das síndromes gripais e para implementação do plano de ação”.
Segundo Eliete, em Dourados o trabalho das unidades sentinela começou efetivamente: “Até o momento, foram coletadas cinco amostras nas aldeias. Esses exames se baseiam nos achados clínicos dos médicos que realizam consultas por livre demanda”, afirma Eliete que explica, ainda, o andamento do plano pelo DSEI e pela Secretaria de Estado de Saúde. “Iniciamos com o encaminhamento do Plano de Contingência para o enfrentamento em todos os polos de Mato Grosso do Sul”.
Para a efetivação das medidas de controle da doença, os profissionais da saúde indígena foram treinados pela SES. A ação está sendo realizada nas aldeias Bororó 1 e 2 e na Jaguapiru 1 e 2.
Como funciona?
No plano de ação da Secretaria de Estado de Saúde, para as comunidades indígenas, estão definidas, a princípio, duas etapas. Na primeira, serão coletadas amostras de swab em pacientes indígenas que apresentarem sintomas síndrome gripal para ser realizado exame RT-PCR de painel viral para onze vírus respiratórios, e assim detectar qual vírus está circulando na aldeia. As coletas serão nos postos de saúde das aldeias e enviadas ao Lacen/MS.
A segunda etapa acontece quando o primeiro paciente indígena der positivo na aldeia. “A partir disso começará a ser feita a testagem em massa na população indígena através de testes rápidos e também RT-PCR para isolamento domiciliar”, reforça o titular da pasta, Geraldo Resende.
Ana Brito – Subsecretaria de Comunicação
Foto – Sesai