Moradores de Campo Grande representam quase 90% das internações em leitos clínicos ou de Covid-19 em hospitais da capital, aponta levantamento feito pela Diretoria Geral de Gestão Estratégia da Secretaria Estadual de Saúde
O governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES) entregou na tarde desta segunda-feira (7), mais nove monitores multiparamétricos para o Hospital Adventista do Pênfigo, de Campo Grande. Com esses equipamentos, a unidade hospitalar vai montar 10 novos leitos de UTI-Covid.
A medida atendeu a um pedido da Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), para atender à crescente demanda, oriunda do aumento de casos de Covid-19 na capital e outras regiões do Estado. A entrega foi feita pelo secretário estadual de Saúde Geraldo Resende, com a presença do secretário municipal de Saúde de Campo Grande, José Mauro. Os equipamentos foram recebidos pelo coordenador de Suprimentos do Hospital, Sérgio Becher.
Com os novos leitos, que devem ser ativados ainda nesta semana, o Hospital Adventista do Pênfigo passará dos atuais 30 leitos de UTI-Covid, já habilitados, para 40 leitos. Anteriormente, a Secretaria Estadual de Saúde já havia repassado à unidade, 10 camas hospitalares e 60 bombas de infusão, oriundas de doações da empresa JBS e de aquisição própria do Estado.
“Temos feito tudo o que está ao nosso alcance, para aumentar a quantidade de leitos, tantos de UTI quanto clínicos, para atender à população sul-mato-grossense. E vamos continuar fazendo, porém pedimos a compreensão e colaboração da comunidade, pois somente iremos vencer essa guerra se todos fizerem a sua parte e não apenas exigirem que o poder público e os profissionais de saúde tenham que combater o coronavírus”, afirma o secretário estadual de Saúde Geraldo Resende.
“Essa guerra é de todos nós”, salientou Geraldo Resende durante o ato de entrega dos equipamentos, agradecendo à diretoria do Hospital Adventista do Pênfigo pela iniciativa de disponibilizar sua estrutura para aumentar o número de leitos. Também destacou a parceria com Campo Grande e dos demais municípios de Mato Grosso do Sul na luta contra a pandemia.
Internações
Relatório produzido pela Diretoria Geral de Gestão Estratégica da Secretaria de Estado de Saúde aponta que, dos 5.051 pacientes de Covid-19 internados em hospitais de Campo Grande, de março a dezembro do ano passado, 87,8%, ou seja, 4.436, eram residentes no Município de Campo Grande.
Ainda durante 2020, a partir de março, 322 pacientes de Covid-19 internados na capital (o equivalente a 6,4%) declararam residência na microrregião de Campo Grande, compreendida, além da capital, por outras sete cidades: Sidrolândia, Terenos, Jaraguari, Bandeirantes, Corguinho, Rochedo e Rio Negro). Os pacientes oriundos dos 33 municípios da macrorregião de Campo Grande foram 265, o equivalente a 5,2% das 5.051 internações.
Também no ano passado, do total de pacientes de Covid-019 internados em Campo Grande, apenas 28 não foram oriundos de cidades pertencentes à macrorregião de Campo Grande que engloba ainda as cidades de Alcinópolis, Anastácio, Aquidauana, Bandeirantes, Bela Vista, Bodoquena, Bonito, Camapuã, Caracol, Chapadão do Sul, Corguinho, Costa Rica, Coxim, Dois Irmãos do Buriti, Figueirão, Guia Lopes da Laguna, Jaraguari, Jardim, Maracaju, Miranda, Nioaque, Nova Alvorada do Sul, Paraíso das Águas, Pedro Gomes, Porto Murtinho, Ribas do Rio Pardo, Rio Negro, Rio Verde, Rochedo, São Gabriel do Oeste, Sidrolândia, Sonora e Terenos.
Em 2021
Os percentuais comparativos entre pacientes que residem em Campo Grande àqueles que moram em outras cidades, nos cinco primeiros meses deste ano, praticamente se mantém em relação ao ano passado. Das 3.566 pessoas internadas em hospitais da capital, 3.114 declararam residência em Campo Grande, o equivalente a 87%. Os residentes na microrregião foram 260 (7,2%); os moradores da macrorregião somaram 163 pacientes (5%); e os oriundos de outras cidades foram 29 (0,8%).
Texto e foto: Ricardo Minella/SES